- Nº 1620 (2004/12/16)

<strong><em>Tyco</em></strong>

Breves Trabalhadores

A repressão e o terrorismo psicológico na Tyco Electronics, em Évora, levaram o SIESI/CGTP-IN a convocar para ontem à tarde uma greve de duas horas e uma concentração junto ao portão da fábrica. O sindicato exige a anulação dos processos disciplinares instaurados contra cinco delegados sindicais, que foram suspensos após terem denunciado publicamente a situação que se vive na fábrica que foi vendida pela Siemens à multinacional norte-americana. Em nota à imprensa, o SIESI relata alguns exemplos da acção repressiva de um dos administradores, que tem agravado o clima laboral: proibição de idas à casa-de-banho, instalação generalizada de câmaras de videovigilância (incluindo balneários), dezenas de processos disciplinares durante este ano (mesmo contra trabalhadoras grávidas), injustificação ilegal de ausências para assistência a filhos... Mais recentemente, obrigou os trabalhadores a assistirem a um filme catastrófico, em que subliminarmente se repetia que a fábrica fecharia em 2010. Com 1600 trabalhadores, a Tyco é a maior unidade industrial do Alentejo e tem recebido avultados apoios do Estado, refere o sindicato, que desconhece o uso dado a 12,5 milhões de euros concedidos este ano.